terça-feira, 20 de julho de 2010

Fobia Social - Parte 3

Retirada do Site Marie Claire (comentada por mim).

Temores do fóbico social
  • Falar em público (acontece às vezes, mas geralmente eu ajo como se estivesse atuando)
  • Assinar o nome na frente de outros (nunca aconteceu)
  • Ir a festas ou reuniões (meu karma, meu poço, meu desconhecido...) 
  • Comer na presença de estranhos 
  • Trabalhar como parte de uma equipe
  • Entrar em salas nas quais todos já estejam sentados (não)
  • Para os homens, urinar em banheiros públicos (quando eu era menor, sim)
  • Olhar diretamente nos olhos de estranhos (claro, como fazer isso?)
  • Ser o centro das atenções (não me é agradável)
  • Paquerar (não sei como se faz)

Reações do corpo

  • Alteração do sono e do apetite
  • Dificuldade de concentração
  • Suor excessivo
  • Tremor das mãos
  • Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos)
  • Ruborização (ficar "vermelho" de vergonha)
  • Diarréia
  • Sensação de desmaio
  • Aperto no tórax
  • Palpitação
  • Dor de cabeça
  • Inquietação

Fobia Social - Parte 2

Retirada do Site Marie Claire (comentada por mim)



"Eu tinha medo de dizer não" Valéria, 30 anos, arquiteta carioca


"Os primeiros sintomas de ansiedade excessiva surgiram por volta dos 15 anos. Na escola, tinha taquicardia e tremores antes de apresentar trabalhos na frente dos colegas e isso afetou meu desempenho.


Nas rodas de amigos, eu ficava calada e, se alguém me dirigia uma pergunta, ficava vermelha de vergonha. Tinha medo de ser criticada se precisasse concordar ou discordar com a opinião de alguém (eu raramente discordo... ai, ai). Temia também dizer não às pessoas, achando que seria desagradável.


Quando juntava coragem para ir a festas, ficava num canto, calada, sem dançar (isso aconteceu comigo não tem muito tempo, como aqueles pessoas pagam pra ir ali e gostam? Sendo que eu estava ali forçado e querendo ir embora?). Comer em público era outro problema: tinha medo de que as mãos tremessem ao segurar os talheres (bom, disso eu não posso reclamar, meu estômago agradece). Na época do vestibular, fiz dos estudos uma válvula de escape. Cortei de vez festas, idas ao cinema, reuniões. Praticamente anulei minha vida social (parabéns, a minha continua anulada).


Eu queria ser igual às outras pessoas, mas não conseguia. Eu me achava a única no mundo assim e guardava esse segredo a sete chaves (veja, já somos dois ao menos).
Há cerca de seis anos, procurei ajuda médica e fui diagnosticada como fóbica social. O tratamento com medicamentos e sessões de psicoterapia durou cinco anos. No começo do ano passado, achei que estava pronta para largar ambos.


A fobia social nunca atrapalhou minha carreira profissional, mas prejudicou muito minha vida social e afetiva. Desisti de muitos pretendentes, deixei de viver e de fazer muita coisa. Sofri calada por muitos anos."

Fobia Social - Parte 1

Retirada do site Marie Claire (comentada por mim).



Os sintomas da fobia social surgem em geral na adolescência, entre 15 e 20 anos, mas podem aparecer mais cedo, em crianças que têm medo de resolver um problema de matemática no quadro negro (se alguma vez fui chamado pra fazer isso, eu não me lembro ou deletei), de usar banheiros coletivos (já aconteceu, hoje não mais) e de brincar com outras crianças (eu acho que nem brincava se não fossem meus primos, antipático, né?). O adolescente fóbico evita festinhas, não paquera, morre de medo de ser chamado pelo professor para responder perguntas na frente da classe (pronto, aqui fechou meu diagnótico por esses sintomas concretíííssimos).


Mais do que a simples dificuldade em lidar com situações sociais, "há um verdadeiro terror à interação com outras pessoas. As conseqüências são limitantes e debilitadoras para o portador", diz Nardi. É quase uma "alergia" a gente, que faz o corpo responder com sintomas como tremores, suor e diarréia.


Mas o pior problema decorrente da fobia social é a ansiedade antecipada. A pessoa começa a sofrer a partir do momento em que recebe a notícia de um compromisso do qual não poderá escapar (começa a sofrer não, passa a viver dessa tortura). Não adianta treinar ou se preparar para o evento (mas eu treino mesmo assim), a ansiedade não passa. Pior: tende a aumentar à medida em que o compromisso se aproxima (é verdade). O fóbico social sofre sempre "antes e durante", às vezes por longos períodos (iiiihhh o durante então, mata!). 


A fobia social, por outro lado, paralisa a pessoa, diminui seu bem-estar, prejudica seu desempenho profissional e não permite que ela se prepare e enfrente as situações que considera ameaçadoras. O fóbico apenas suporta tais situações (guerreiros que somos!!), sempre com ansiedade e sofrimento (precisava complementar isso?): a fobia social é o medo patológico de agir de forma ridícula na presença de outras pessoas.

Dia do Amigo



Hoje (já, nem lembrava) é dia dos amigos. E eu devo tanto a eles. Estranho, né? Fóbico social e fala como se fosse cheio dos amigos. Não, não. Eu devo quero dizer em débito mesmo. Muito mesmo aos poucos amigos que stand behind me. Eu ainda não sei bem como isso funciona, mas sei que amo os meus amigos e ao mesmo tempo acabo por me desfazer deles sem nem ao menos entender como isso acontece.


Convivo com a timidez desde pequeno, o que implica dizer que tenho de contar muito com uma pessoa e essa pessoa sou eu. Não sei como o processo ocorre, já dito, mas por ter dificuldade de me permitir conhecer pessoas novas, ou seja, por pessoas novas serem tão raras em minha vida, uma parte de mim meio que me protege e diz: você não precisa delas, você é por você e sempre foi assim, mas sempre será? Porque assim não tá bom.


Então, ao mesmo tempo em que posso morrer de amor por um amigo, no momento seguinte posso ficar sem ele e isso é muito ruim. Desacostumo-me muito fácil das pessoas e sei que elas sentem. Eu não queria que fosse assim. Gostaria que as pessoas lembrassem de mim pelas coisas boas que tentei trazer para suas vidas, porque nesse momento era realmente eu. Quando pareci indiferente, era só meu mecanismo de proteção, tentando me fazer acreditar que esse problema não me afetava, que ficar sozinho era normal e eu não precisava mesmo dar aquela atenção para os amigos, afinal, vivi grande parte da minha vida só. As pessoas precisam de pessoas? 


Que deprê! Tenho de mudar o estilo, até porque hoje estou em um dia bastante espiritualizado, lutando contra meus demons, é verdade, mas estou bem.


Aí em cima uma foto de Friends. Por mais incrível que pareça, não sou fã do seriado, o que não quer dizer que eu não goste, acho que eles são bárbaros, no melhor sentido, entretanto nunca fui de assistir o show de forma constante. Mas a foto está aí pra expressar uma coisa que feiamente invejo. Sabe aquelas coisas de amigo enfiando a mão na sua maçaneta e entrando? Eu sei que se isso existe (e deve existir) em certo ponto deve ser um saco, mas como a minha situação é absolutamente oposta (ninguém mete a mão na minha maçaneta) gostaria muito de ter um grupo de amigos que basicamente possuísse a chave de minha casa e não hesitasse nunca, nunca em entrar.


Tenham um bom dia do amigo.

Primeiro passo para a liberdade?

Bom, é madrugada e amanhã começa mais um semestre na faculdade; mesmo que eu não queira admitir, esse recomeço me traz dificuldades. Mais agora que nunca, sei que esse problema não é só meu. Na verdade a primeira linha deste texto a escrevi a um profissional de psicologia pedindo ajuda. Parece desesperador não acham, quando você para e analisa que está a pedir ajuda? Será que eu preciso mesmo de ajuda? Deixe-me usar um pouco da ironia, parceira antiga, só que agora voltada para mim mesmo; será que eu preciso de ajuda em um problema que só me acompanha desde a mais remota lembrança que sou capaz de trazer à mente?


Acima escrevi "sei que esse problema não é só meu". Agora paira a dúvida, será que existirão fóbicos sociais (eu me chamava tímido antes, agora vou assumir essa denominação mais forte (eu preciso ter vantagem em alguma coisa, oras) eu adoro abrir parênteses dentro de parênteses). Vou tentar continuar o raciocínio... será que eu vou obter respostas por aqui? Você está procurando por perguntas? Não! Eu quero dizer, será que vou encontrar pessoas que passam pelas mesmas situações, as ajudarei ou serei ajudado? Profissionais, etc? Vou planejar o que trarei pra esse blog ainda. 


Abro assim, oficialmente, o primeiro post do blog.